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Social tokens, também conhecidos são produtos diretos da Web 3.0, descentralizados e baseados em blockchain. Uma espécie de criptomoeda que uma comunidade, marca, empresa, ou mesmo um influenciador cria para gerar receita sobre si, pois permite a monetização de produtos, serviços, atributos, e até mesmo de status. Os social tokens fazem parte da nova economia que tem como cerne a descentralização, assim como as non-fungible tokens (NFTs) e a decentralised autonomous organization (DAOs).
Os social tokens podem ser pessoais ou creator tokens (termo comumente utilizado como sinônimo de social tokens) ou community tokens, que permitem ao seu titular acesso a uma comunidade, a exemplo de marcas, associações ou até mesmo times de futebol.
Um exemplo que demonstra a tendência desses tokens foi o caso da plataforma de social tokens “Socios.com”, que emitiu tokens do time Paris St. Germain (PSG), os quais foram usados como pagamento do signing bônus de Messi quando ele saiu do Barcelona e assinou contrato com o PSG em 2021.
O que desperta interesse sobre esses tokens pelos fãs de times é a possibilidade de ganhar recompensas, e até mesmo de participar de algumas decisões do time, por exemplo, através de enquetes ou pesquisas oficiais, adquirir produtos exclusivos ou ter acesso a experiências únicas.
Para as marcas, o grande benefício de emitir social tokens é o brand awareness que isso gera. A monetização é direta, desperta o senso de pertencimento àquela comunidade que emitiu os tokens, gera lealdade dos fãs, e ainda pode contribuir para a governança, quando os tokens conferirem direito a voto e/ou participação da gestão.
No universo dos creators de conteúdo, vale notar que surgem cada vez mais plataformas de creator tokens cobrando 0% de comissão sobre a venda ou uso da criação, viabilizando o pagamento direto aos criadores por parte da comunidade.
Veja-se que para esses criadores, basear seus negócios em plataformas com muitas regras pode ser arriscado, o que poderia ser evitado com o uso de social tokens. Já é sabido que plataformas como Youtube, Instagram, Twitch, são um bom caminho para viabilizar fontes de renda. No entanto, o creator pode, de repente, perder relevância por uma simples mudança no código de programação, ou ser censurado, punido, cancelado, causando impacto direto na sua fonte de receita.
Por outro lado, com um custo de transação muito baixo, ou até mesmo zerado, o uso de social tokens pode facilitar ainda mais a relação entre um creator e a sua comunidade, além de ser potencialmente mais lucrativa.
No contexto dos blogs, até o WordPress é compatível com APIs que permitem o uso de tokens para dar acesso a conteúdos exclusivos, eventos, fóruns, produtos e outros benefícios. O efeito é similar ao que a propriedade de um NFT poderia permitir ao seu dono.
Imagine empoderar a comunidade de uma marca fashion, através da propriedade de social tokens, permitindo que escolham as peças de uma coleção, ou o destino da próxima viagem por uma comunidade blogger ou influencer.
Seguindo a tendência global, cada vez mais empresas, indivíduos ou mesmo comunidades, devem passar a usar um misto de plataformas centralizadas e descentralizadas para monetização dos seus produtos (físicos ou digitais), serviços ou regalias.
E você? Também acredita que o futuro das finanças e o caminho da monetização será social e tokenizado?